quarta-feira, 26 de junho de 2013

Plebiscito no Uruguai contrário a lei do aborto não atinge participação mínima


Plebiscito no Uruguai contrário a lei do aborto não atinge participação mínima
24 de junho de 2013
Embora tenham votado todos os possíveis pré-candidatos a presidência da República,  a consulta popular no país só alcançou 8,65% (226.653 pessoas) dos votantes necessários para convocar o plebiscito. Segundo a Corte Eleitoral, são necessários, no mínimo 25% (655.000 pessoas) dos eleitores.
A oposição, especialmente o Partido Nacional e o Partido Colorado, queriam submeter ao plebiscito a desaprovação da Lei de Interrupção Voluntária da Gravidez (IVE, em espanhol). Pelo projeto a mulher pode abortar com até 12 semanas de gestação. O Uruguai foi o quarto país da América Latina e do Caribe a permitir o processo, depois de Cuba, Guiana e Guiana Francesa.
Antes da interromper a gravidez, a mulher passa por uma equipe de saúde multidisciplinar, que a informa sobre os riscos, as alternativas e os programas de apoio à maternidade e de adoção. Depois disso, a mulher tem um prazo de cinco dias para tomar uma decisão.
A lei também prevê a interrupção da gravidez até 14 semanas de gestação em alguns casos como quando há risco de saúde para a mulher, quando há má formação do feto que comprometa a vida após o nascimento, ou ainda quando a gravidez for decorrente de estupro.
A ONG feminista Mysu (“Mujer y Salud en Uruguay”), uma das promovedoras da IVE, comemorou o resultado do plebiscito no seu portal na internet. “Por não ter conseguido as adesões necessárias para habilitar o plebiscito indica claramente que a sociedade uruguaia está disposta a avançar”. A presidente da Frente Ampla, Monica Xavier, também comemorou o resultado das consulta. Todavia, quando questionado, o possível pré-candidato da FA Tabaré Vazquez, sobre seu posicionamento contrário a IVE, respondeu: “Há certas coisas que não se deve medir o custo político, essa é uma delas”.
Segundo o La Nacion, uma pesquisa realizada aponta que 46% são favoráveis a IVE, 38% contrários e 16% não tem opinião. A pesquisa está no site de Cifra, na internet, foi realizado telefonicamente a 1.008 entrevistados.
Fonte:

Nenhum comentário: